2 de julho de 2009

Parte 8

Passei horas pra conseguir dormi, fiquei pensando em Meg, como foi ótima a volta dela. Depois pensei na história de seu primo, pensei como ele deve ser por ter perdido sua família, sua história é triste, tentei me imaginar sem meus pais com apenas 15 anos, eu não conseguiria viver, mesmo eles não sendo muito presente, mas o primo de Meg os perdeu pra sempre, ele não pode ter nem mais alguns minutos perto de seus pais, como um simples café da manhã.
Parei de pensar, precisava dormi, amanhã tinha que ajudar a Meg na arrumação de seu quarto. Mas me veio outra coisa em mente, a imagem do garoto mal educado, quando pensei nele dei um suspiro e dormi de repente, acho que estava com muito sono pra ter apagado tão rápido, mas meu cérebro precisava ver aquela última imagem em meus pensamentos antes de dormi.
Acordei muito tarde, já era hora do almoço fui ao banheiro fazer tudo que tinha pra ser feito, coloquei uma blusa sem mangas, o dia tava quente, uma bermuda, um tênis que já havia tempo que não usava, estava novo só um pouco mofado, mas usei assim mesmo e desci. Fui direto pra cozinha, estava com fome, coloquei no prato um pouco de cada coisa que tava sob a mesa. Comi rápido, tava ansiosa pra ver os pais e o primo de Meg. Olhei em meu relógio e já eram 13:32, escovei meus dentes e fui pra casa de Meg, meus passos estavam tão longos que parecia que eu estava correndo. Cheguei lá antes das 14:00. Apertei a campanhia uma única vez, Meg e seus pais logo abriram a porta.
– Já estávamos te esperando. Entra! – Disse Meg.
– Beatrice, quanto tempo! – Falou a Sr Cecília. – Como você está? – Perguntou.
– To bem. – Respondi e dei um sorriso tímido.
– E seus pais? – Perguntou o Sr Mauro.
– Também, só trabalhando muito. – Respondi. – Eles vão dá uma festa de Boas Vindas pra vocês no sábado, e fazem questão que vocês aceitem. – Continuei.
– Meg nos avisou, estaremos lá com certeza. – Falou o Sr Mauro.
– Que bom então, pelo menos eles deixam um pouco o trabalho e se divertem com os velhos amigos. – Falei.
– É. – Concordou ela. – Eu e Mauro vamos arrumar o resto da cozinha, fique com Meg. – Continuou e logo depois se retiraram. Assim que saíram Meg me puxou correndo pro seu quarto.
A casa de Meg parecia cenário de televisão de tão linda que era, não estava completamente arrumada, só faltava a cozinha e provavelmente o quarto de Meg. A casa era enorme, mas não tinha primeiro andar. Pela arrumação percebi que tinham mudado alguns móveis, mas as paredes, o teto e o chão eram do mesmo jeito.
Finalmente chegamos. Meg tinha mudado a cor das paredes de seu quarto, antigamente era rosa, com uma parede cor de pérola, agora estava todo roxo com o teto branco, e uma das paredes ela colocou vários posters de bandas, fotos dela com amigas e nossas quando éramos crianças, e outras que não prestei muito atenção. A cama dela era branca com tabaco, e estava forrada com uma colcha branca com letras chinesas pretas. Seu guarda-roupa não estava lá e tinha roupas, CDs e livros espalhados no chão. Só faltavam ser colocados em seus lugares.
– Nossa Meg, teu quarto ficou lindo, bem criativo, sua cara! – Falei impressionada.
– Bia, calma. Ainda nem arrumamos todo! – Falou Meg num ar engraçado.
– Gostei das fotos na parede. – Falei.
– É. Eu tenho várias fotos e resolvi tirá-las do álbum pra por na parede. Adoro fotos. – Disse Meg.
– Ficou muito bom. Não tenho costume de tirar fotos minhas. As vezes pego a câmera e bato fotos dos insetos que ficam no jardim e das flores. – Falei.
– Ah legal bia, mas quando acabarmos de arrumar aqui, vamos ao jardim tirar fotos juntas. Estão faltando fotos nossas crescidas aqui na parede. Só têm aquelas ali de nós crianças. – Disse Meg apontando as fotos que estavam no meio da parede.
– Ok, mas não me responsabilizo se tua câmera queimar com minha feiúra. – Falei.
– Você e suas ironias. – Disse Meg.
– Chega de conversar, vamos arrumar logo isso. – Falei.
– Ta, arruma a estante e eu vou dobrando as roupas, meu pai depois monta o guarda-roupa e eu coloco elas dentro dele. – Falou Meg.
Arrumei a estante organizando os livros e os CDs em suas prateleiras. Meg dobrou suas roupas que estavam no chão e colocou em cima de sua cama por conta de seu guarda-roupa ainda não está montado. Acabamos rápido.
– Trabalho comprido. – Disse Meg e batemos as mãos umas nas outras. – Vou pegar um lanche pra gente. – Falou ela e depois saiu do quarto correndo e pulando pra ir pegar. Incrível como ela era espevitada. Fiquei olhando as fotos de perto, vi algumas dela com algumas amigas que parecia ser na Itália, vi algumas nossas e fiquei rindo, eu era tão feinha que chegava a ser fofinha minha feiúra, os posters eram da Avril Lavigne, Paramore, Guns n’ roses, e mais alguns. Mas depois, vi uma foto que me chamou muito a atenção. Ela com o menino que me derrubou na poça de água, não sabia se era ele, acho que era só imaginação minha, ele não sai da minha cabeça mesmo. Ela abriu a porta e percebi que minha cabeça tava grudada na foto, tentando ver se era o garoto mesmo que provavelmente não era. Ela riu.
– Bia, ta tentando atravessar a parede? – Falou Meg rindo alto.
– Oh, não Meg, só tava olhando esse garoto. – Falei tentando explicar. – Quem é? – Perguntei.
– Ah, é meu primo, aquele sobre o qual te falei e disse que queria te apresentar, mas ele não está em casa. Ou melhor, ele nunca está em casa, sempre chega tarde e bate na porta do quarto pra conversar um pouco e depois vai dormir como. Como disse, mesmo um ano depois da morte de seus pais, ele ainda não se recuperou totalmente. – Disse Meg.
– Não liga, da próxima você me apresenta. – Falei. – Ele é muito bonito. – Continuei.
– Claro, meu primo. – Se gabou Meg piscando um olho pra mim.
Comemos biscoito e suco de laranja. Só tomei suco, não tava com fome. Meg comeu meus biscoitos e os delas. Deixamos os pratos e os copos em cima da mesa de seu computador e fomos pro jardim tirar fotos como Meg tinha dito. Tiramos fotos de várias formas, mas em todas dávamos um enorme sorriso.
Por volta das 17:30 entramos. Ficamos assistindo filme e comendo pipoca que a mãe de Meg preparou pra nós. Queriam me entupir de comida, eu sei que eu era muito magra, mas não precisava isso tudo, eu só não iria morrer de fome. Assistimos dois filmes, um de romance e um de terror. Pela duração dos filmes percebi que já estava tarde, o tempo com Meg passava rápido.
– Meg, tenho que ir, ta tarde. – Disse.
– Tem que ir mesmo? – Meg perguntou sabendo a resposta.
Acenei com a cabeça.
– Então ta. Te levo em casa. – Decidiu ela.
– Ok, mas tu vai voltar sozinha. – Falei tentando fazê-la desistir. Ela devia ta cansada.
– Sem problemas, vou avisar aos meus pais. – Insistiu ela.
– Manda beijos e boa noite pra eles.
– Certo madame. – Disse ela e foi até seus pais que estavam em alguma parte da casa. Percebi que ontem e hoje não deram pra matar a saudade, minha vontade era todas as horas do dia com Meg. Ela era muito divertida e tirava minha solidão.
Ela voltou.
– Deixaram e te mandaram beijos também. – Disse ela.
– Então ta, camon! – Falei e fomos em direção a porta. Cheguei primeiro, e abri a porta com a chave que já estava encaixada na porta, não tava conseguindo abrir. Quando menos espero, senti uma pancada em minha testa e caí no chão, fiquei zonza. Escutei a risada de Meg e olhei pra cima pra ver o que tinha empurrado a porta.
Fiquei em choque: ELE.

4 comentários:

  1. Continue postando mais ^^
    Você tem muito talento! Parabéns!
    Super Ansiosa*

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  2. *-----------------------* que perfeito

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  3. Falta o capítulo de hoje 03/07

    Super Ansiosa* [2]

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  4. Falta o capítulo de hoje 03/07[2]

    Super Ansiosa* [3]

    Parabéns cada dia melhor *-----*

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