30 de agosto de 2009

Parte 15

Meg vinha na frente, ela estava com os cabelos soltos, com a roupa que comprou no shopping e como sempre, linda. A Sr Cecília usava um vestido prata de alças finas com um xale em seu ombro e um salto alto fino preto. O Sr Mauro usava um terno cinza escuro com uma gravata preta por dentro. Os dois vinham juntos com os braços dados, e por ultimo vi Gabriel vindo de cabeça baixa. Por um momento achei que tudo tinha parado, eu só conseguia enxergá-lo, não via mais ninguém, mais nada, apenas ele, que estava mais lindo que nunca, vestia uma camisa social, daquelas do terno, com um blaiser desabotoado por cima, uma calça jeans preta e um tênis, pela primeira vez vi seus cabelos todo certinho, ele estava super meigo, completamente perfeito. Mas parei de observá-lo quando senti os lábios de Meg dando um daqueles beijos de meia hora em minha bochecha como cumprimento, depois cumprimentou meus pais com um “Olá”, e ficou ao meu lado enquanto Gabriel dava um “Oi” bem seco para eles e passou direto por mim. Ok, eu não esperava que ele fosse a pessoa mais simpática do mundo comigo, mas não pude deixar de criar alguma coisa parecida com expectativa, e fiquei decepcionada com a atitude dele, ah, ele não morreria se desse um Oi daquele direcionado a mim também.
– Vamos Bia! Vamos pra mesa. – Disse Meg.
Nós fomos nos sentar na mesa principal, ela ficava à frente das outras e era um pouco maior. Logo a banda começou a tocar, era um som ambiente e agradável, Jazz. Não que eu escutasse esse tipo de música, mas era algo refinado e calmo. Perfeito pra ocasião.
– Ai, Bia que é isso tocando?! Não tinha algo mais animado não? – Falou Meg fingindo decepção
– Meg... olha em volta, isso é um jantar tipo que formal, não uma boate. – Falei rindo
– É mesmo – Disse Meg enquanto olhava. – E até que tem uns garotos... bonitos. – Falou quase babando enquanto olhava para uma mesa no final do salão, tinha um menino que parecia... É. Bonito, ou melhor dizendo, lindo. Ele conversava com a família, tinha os cabelos escuros e arrepiados, a pele clara, os olhos não dava pra ver muito bem por causa da distância, tinha um físico legal e parecia ter uns 19 anos. Muito provavelmente eu tinha o cumprimentado na entrada, mas estava tão ansiosa pela chegada de Gabriel que com certeza não percebi. Falando nele, eu não tinha o visto desde que ele passou por mim na entrada, desviei o olhar do garoto e olhei em volta, não havia nem sinal dele.
– Cadê o Gabriel?
– Deve ta por aí, ele não tava muito afim de vim, só veio porque eu sou A Meg. – Disse ela. – Quer ir procurar por ele?
– Er... – Hesitei. – Bom, acho que ele não vai se perder – Falei tentando não parecer interessada.
– Então ta, mas eu queria tanto passar por ali. – Disse Meg olhando pro garoto novamente.
– Uau Meg, gamou hein. – Falei rindo
– E como – Falou ela sem desviar o olhar, e com uma voz... digamos, um pouco safada.
Os pais dela chegaram à mesa e também perguntaram por Gabriel, de modo que pediram pra que fossemos procurar por ele. Na hora eu gelei, mas não tinha como dizer não.
– Por mim, vamos. E aí, Bia?
– Er, vamos.
Nos retiramos e andamos entre as mesas procurando por ele. Meg preferia claramente procurar pelas mesas do fim do salão, ela dava algumas olhadas esclarecedoras pro garoto e ele correspondia. Mas não encontramos quem estávamos procurando por lá, então fomos procurar lá fora, olhamos e nada.
– Onde se enfiou esse garoto?!
– Bem, não sou eu que sei – Falei e enquanto virávamos o vi sentado por trás da piscina, onde não tinha ninguém. Eu não podia acreditar que ele tava no meu jardim, no meu refugio. Não vou negar que senti uma pontada de ciúmes, nada sério, mas ali era meu lugar. Ele estava com a cabeça entre os joelhos, imóvel. Meg pareceu não tê-lo notado, continuava resmungando sobre como ele sumia do nada, achei melhor, até porque ele não estava com aspecto de querer alguém por perto.
– É, Meg... – Falei enquanto virava ela e puxava-a em direção ao salão novamente – Vamos pra mesa, ele deve ta por aí, acho que não procuramos direito. – Falei tentando convencê-la. Ela deu de ombros e fomos pra mesa.
– Pai, mãe, não achamos, mas ele deve ta por aí – Falou ela usando minhas palavras.
– É, ta certo. Ele deve ter conhecido alguém. – Disse o Sr Mauro
Minha mãe e meu pai já estavam na mesa, eles conversavam com os pais de Meg sobre o que vinha acontecendo em suas vidas, ou melhor, em seus trabalhos. Eu não prestei atenção, minha mente só desejava estar perto de uma pessoa. Eu precisava de algum contato com ele, mesmo que isso fizesse as coisas piorarem, mesmo que ele não me quisesse por perto. Decidi ir até o jardim.

3 comentários:

  1. nossa , tava com saudades disso o/

    agora quero mais ......*------*

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  2. Bia vai lá joga ele na piscina e agarra (666'

    Saudades do Was Once ♥ & do Gabii tb *_*

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  3. vcs nao tem noçao como eu amo isso aki *-*
    ps-RuanaA.

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